01/09/2008

ROBERT ZEMECKIS

Robert Zemeckis nasceu em uma família de origem lituana e iugoslava que não apreciava literatura, música, e menos ainda, o cinema. Na infância de Zemeckis, só a TV lhe serviu como fonte de inspiração. Cresceu fascinado por ela e por uma camera de 8 mm de seu pai. Com o tempo, passou a fazer filmes, já incluindo efeitos especiais básicos, como o stop-motion (fotografia quadro-a-quadro).

Inscreveu-na USC - University of Southern California, para o curso de cinema, apresentando um video baseado numa canção dos Beatles mas não foi aceito por causa de seu baixo rendimento no ensino médio. Zemeckis esforçou-se para melhorar suas notas, e por fim, foi aceito. Na faculdade, conheceu o escritor Bob Gale, que tornou-se um grande amigo e parceiro. Mais tarde, essa dupla seria responsável pela famosa trilogia De Volta Para o Futuro.

Infelizmente, ambos não foram bem recebidos pelo público e não tiveram o retorno financeiro esperado.

Nessa época, Michael Douglas (que além de ator, também é produtor) o contratou para dirigir Tudo Por Uma Esmeralda (Romancing The Stone, 1984), uma aventura estilo Indiana Jones estrelando o próprio Douglas e Kathleen Turner.

Após assistirem à uma primeira edição, os produtores acharam o filme horrível e demitiram Zemeckis. Mas Douglas insistiu com o diretor, e em seu lançamento, o filme fez um enorme sucesso nos cinemas, gerando até uma continuação da qual Zemeckis não participou.

Com o sucesso de Tudo Por Uma Esmeralda, a credibilidade do nome Zemeckis estava em alta, e ele finalmente conseguiu um estúdio para realizar o filme que tanto queria.

Produzido por Steven Spielberg, De Volta Para o Futuro (Back to The Future, 1985) foi um enorme sucesso que gerou mais duas sequências, formando uma trilogia.

Inicialmente, Eric Stoltz foi escalado para o papel de Marty e chegou a rodar algumas cenas, mas Zemeckis acabou substituindo-o por Michael J. Fox, na época, famoso pelo seriado de TV, Family Ties.

De Volta Para o Futuro faturou mais de US$ 350 milhões mundialmente, venceu vários prêmios e gerou uma franquia. No Parque da Universal, na Flórida, uma das atrações mais procuradas é o simulador 3D baseado no filme.


Com elementos de filme-noir, e personagens da Era de Ouro da animação americana, Uma cilada para Roger Rabbit se passa numa fictícia Hollywood em 1947, onde personagens animados convivem naturalmente com os humanos.

No elenco, destacam-se Bob Hoskins e Christopher Lloyd em live-action, e Kathleen Turner na voz de Jessica Rabbit.

Já em animação, além de Roger Rabbit, encontramos vários personagens do universo da Disney e da Warner Brothers, como Mickey, Pernalonga e Pato Donald, entre outros.

Num momento histórico, Mickey e Pernalonga aparecem juntos pela primeira e única vez. Em acordo fechado entre a Disney e a Warner Brothers, a cena só poderia acontecer se os personagens tivessem o mesmo tempo de exposição.

Em 1989, Zemeckis retoma a trilogia De Volta Para o Futuro. A sequência foi filmada simultâneamente com a terceira parte (Back to the Future - Part III, 1990), que foi lançada com apenas seis meses de diferença.

Originalmente, De Volta Para o Futuro não foi concebido como trilogia, mas após o enorme sucesso, tudo mudou.

Técnicamente, o filme inovou pelo inédito uso da camera VistaGlide, desenvolvida especialmente para o filme. Controlada por computador, ela permitiu que um ator participasse da mesma cena, em diferentes personagens, com a camera livre para movimentar-se.

A Parte II faturou US$ 332 milhões mundialmente. Menos do que seu predecessor. O mesmo aconteceu com a terceira parte, que faturou US$ 243 milhões. Mesmo assim, De Volta Para o Futuro garantiu seu lugar como um clássico da ficção-científica, encantando gerações.

A Morte Lhe Cai Bem (Death Becomes Her, 1992), é uma comédia sombria sobre a rivalidade de duas amigas que chega a ultrapassar os limites da vida. No elenco, Meryl Streep, Goldie Hawn, Bruce Willis, Isabella Rossellini e uma participação especial do diretor Sydney Pollack.

Apesar da temática sombria, o filme foi bem nas bilheterias, arrecadando US$ 150 milhões mundialmente.

Forrest Gump - O Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994) é, até hoje, o maior sucesso da filmografia de Zemeckis, faturando mais de US$ 677 milhões mundialmente, sendo a maior bilheteria de 1994.

No elenco, além de Tom Hanks, destacam-se Robin Wright Penn como Jenny, Gary Sinise como Tenente Dan, e Sally Fields, como a mãe de Forrest. Haley Joel Osment - que atingiu a fama como o menino que via fantasmas em O Sexto Sentido - faz sua estréia no cinema como o filho de Forrest.

Forrest Gump é uma fábula deliciosa sobre o "idiota" que deu certo. O filme conta a saga do personagem em paralelo com fatos da história americana - dos quais Forrest participa ou testemunha. Ao mesmo tempo, acompanhamos um pouco da história de Jenny, o grande amor de Forrest. Tudo isso narrado com humor, drama, e canções do pop-rock americano específicas de cada época.

Segundo Hanks, "o filme é não-político. Sem julgamentos".

Após mais de uma década de mega-lucros e vários prêmios, Forrest Gump ainda é considerado um marco pelo público americano, representando uma linha divisória em seu cinema. Alguns o vêem como um melodrama-pop artificial, e outros o aclamam como uma deliciosa "caixa de chocolates".

Depois de muita luta e dedicação, ela finalmente capta um sinal extra-terrestre transmitido de uma estrela chamada Vega, localizada dentro de nossa galáxia.

A partir daí, o filme enfoca as consequências desse fato nos anos seguintes, pontuados por divergências nas filosofias existentes entre religião e ciência, com influência direta na vida de Ellie e no processo de construção da máquina.

No elenco, também figuram Matthew McConaughey, James Woods, Tom Skerritt e John Hurt.

Zemeckis declarou que gostaria que o filme passasse a mensagem de que ciência e religião podem co-existir em harmonia, ao invés de competirem pela verdade universal.

Realizado durante um intervalo nas filmagens de Náufrago - enquanto Tom Hanks se dedicava a perder o peso necessário ao seu personagem - Revelação (What Lies Beneath, 2000), é um suspense no estilo marcante de Alfred Hitchcock, estrelado por Harrison Ford e Michelle Pfeiffer.

Produzido pela DreamWorks e pela Amblin Entertainment, de Steven Spielberg, o filme também conta com os efeitos especiais da Industrial Light & Magic de George Lucas.

Suas decobertas acabam envolvendo o passado de seu marido que começa a apresentar desvios de comportamento, até que a verdade de sua história é revelada.

Para fugir dos estereótipos comuns num filme de suspense, Zemeckis desenvolveu elaborados planos-sequência, apoiados por computação gráfica, surpreendendo o espectador que pensava já conhecer todas as fórmulas.

O filme foi um sucesso comercial, mas dividiu a crítica. O comentário mais comum sobre o estilo Hitchcock utilizado por Zemeckis, refere-se à abordagem do sobrenatural na história, coisa que o famoso cineasta jamais fez. Por outro lado, muitos gostaram da fusão de suspense e terror.


A produção foi filmada com um intervalo de quatro meses, para que Hanks pudesse perder o peso necessário para ilustrar os quatro anos que seu personagem passa na ilha.
Durante esse intervalo, Zemeckis filmou Revelação, que foi lançado antes de Náufrago.

Curiosamente, após o sucesso de Náufrago, alguns executivos da rede de televisão ABC, tentaram desenvolver uma série baseada na temática do filme. Depois de várias idéias rejeitadas, finalmente chegou-se a um formato que interessou a emissora. O nome original do projeto era Nowhere (Lugar Nenhum), que mais tarde, transformou-se na mundialmente conhecida série, Lost.


Escrito, produzido e dirigido por Zemeckis, o filme adiciona mais uma revolução em sua filmografia.

O Expresso Polar foi lançado simultâneamente em versão para salas de cinema convencionais e para as mega-salas IMAX-3D, com telas medindo mais de 10m de altura.

No roteiro, Gaiman prefereriu interpretar as razões por trás das atitudes de Grendel, e o que se segue quando Beowulf entra na caverna da mãe do monstro. Isso porque, no poema, Beowulf se mostra um narrador desacreditado quando descreve sua batalha com o demônio-mãe. Essa opção melhorou a conexão entre o segundo e o terceiro ato que, no poema, é separado por um intervalo de 50 anos.


Na época de sua inauguração, Zemeckis fez uma palestra sobre o futuro do cinema, junto aos amigos Steven Spielberg e George Lucas. Para aqueles que resistem à tecnologia de filmagem digital, Zemeckis declarou que "Essas são as mesmas pessoas que pregam que o som dos discos de vinil é melhor do que um CD. A película tradicional será diferente, mas o que sempre será mais importante, é o talento, o jeito de se contar uma história.".

Em 2009, junto à Walt Disney Pictures, Zemeckis lança sua adaptação do clássico livro, Um Conto de Natal (A Christmas Carol), escrito por Charles Dickens em 1843, sobre o velho e rabugento Ebenezer Scrooge, que numa noite, recebe a visita dos fantasmas dos natais do passado, presente e futuro, e aprende o verdadeiro sentido do Natal.

Jim Carrey se destaca ao interpretar vários papéis, incluindo o próprio Scrooge e os três fantasmas. Além dele, Gary Oldman, Bob Hoskins e Robin Wright Penn, também interpretam mais de um personagem.